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9 de setembro de 2016

Faculty Development Program – Texas

As professoras Mariana Sucena, Erika Oya e Cláudia Furtado estiveram entre os 56 educadores que participaram do Faculty Development Program especialmente desenvolvido para os Centros Binacionais do Brasil e oferecido pelo Texas International Education Consortium em Austin, Texas.

Confira os depoimentos delas sobre essa experiência única:

(Cláudia Furtado) No ano passado, a Casa Thomas Jefferson selecionou três professores para participarem de um programa de desenvolvimento profissional em Austin, Texas. O programa foi idealizado pela Coligação dos Centros Binacionais do Brasil em parceria com a Embaixada Americana em Brasília e tem como objetivo dar oportunidade aos professores de conhecerem diferentes contextos de ensino de línguas (ensino regular em escolas públicas, aulas de inglês para imigrantes, aulas de outras línguas nas escolas regulares, escolas bilíngues, faculdades, etc.), de ampliarem seus conhecimentos e de se situarem melhor no contexto do ensino de línguas.

Tendo sido uma das professoras selecionadas para participar desse curso, passei duas semanas intensas, mas maravilhosas, em companhia de mais 55 professores de outros Centros Binacionais. Foram visitas educacionais e culturais, palestras e aulas que nos faziam pensar sobre como é dar aula em diferentes contextos e como damos aula nas nossas escolas.

Gostaria de compartilhar um aspecto que me chamou atenção. O fato dos alunos se orgulharem de estudar onde estudam me fez pensar sobre como esse sentimento é importante no processo de ensino aprendizado. Por toda a escola há cartazes lembrando qual comportamento se espera de um aluno que estuda ali. Isso acontece porque respeito e atitudes éticas são de suma importância. Nesse contexto, a escola valoriza não só as relações professor/aluno(s), mas também aluno(s)/aluno(s), construindo um senso de comunidade, e gerando um ambiente que facilita o aprendizado.

Portanto, nem sempre a chave do aprendizado está no conteúdo ou como ele é transmitido. Muitas vezes, um ambiente acolhedor onde há respeito e interesse real entre os participantes do processo multiplica as oportunidades de aprendizagem.

(Erika Oya) Austin é a capital do estado norte-americano do Texas. É sede da Universidade do Texas e a quarta cidade mais populosa dos Estados Unidos. É conhecida como a “Capital Mundial da Música ao Vivo” devido ao grande número de músicos e clubes de música ao vivo existentes na cidade.

Participar do programa de desenvolvimento profissional para professores de inglês em Austin foi uma experiência muito enriquecedora. O grupo era formado por 56 professores de inglês de Centros Binacionais de todo o Brasil, sendo 3 professores da Casa Thomas Jefferson. O programa ofereceu uma grande variedade de atividades, que incluíram palestras, visitas às escolas e visitas culturais, encontros com professores de inglês de outros países, aulas e apresentações. As aulas envolveram muita discussão sobre a prática do ensino reflexivo e explanações sobre o sistema educacional americano. Sem dúvida, um dos pontos mais altos de todo o programa foi a possibilidade de visitar as escolas e poder observar professores em situações do dia-a-dia. Não somente o sistema, mas o senso de comunidade que envolve cada escola é muito diferente do Brasil: os pais são participantes ativos dos acontecimentos acadêmicos e as salas de aula são decoradas com o objetivo de criar uma atmosfera de ensino confortável e propícia ao aprendizado.

(Mariana Sucena) Em janeiro deste ano, tive o prazer de representar a Casa Thomas Jefferson ao participar do Faculty Development Program, em Austin (Texas-US). O programa foi especialmente desenvolvido para os Centros Binacionais do Brasil e oferecido pelo Texas International Education Consortium a 56 professores brasileiros. Idealizado e financiado pela Embaixada dos Estados Unidos da América, pela Casa Thomas Jefferson e pela Coligação dos Centros Binacionais do Brasil, o programa proporcionou aos professores brasileiros uma série de oportunidades de estarem em contato com a cultura americana. Durante duas semanas, os professores participaram de workshops e palestras educacionais e visitas a diversos tipos de escolas que oferecem inglês para estrangeiros, além de uma vasta programação cultural. Ao final, todos os professores apresentaram um plano de ação para desenvolverem em suas binacionais no Brasil.

As visitas a diversas escolas visavam dar aos participantes uma visão de como o inglês e outras línguas são ensinados. Visitamos escolas de ensino fundamental, médio e até faculdades, todas públicas e muito bem equipadas. O governo americano prioriza a educação, dando a todo o cidadão em solo americano, legal ou não, o direito ao ensino.

Uma das coisas que me marcaram ao visitar escolas americanas foi o fato de os pais serem engajados na vida escolar dos filhos, se voluntariando nas atividades escolares em benefício de todos. Dessa maneira, a escola tem os pais como aliados que fielmente contribuem com conhecimento, ações, ideias, e, especialmente, tempo, que é raro nos dias de hoje.

Durante o intenso programa, estava previsto um fim-de-semana com uma família americana para que os participantes tivessem um contato real com a cultura americana. Eu tive o prazer de estar em companhia de duas professoras aposentadas que se dispuseram a me levar a restaurantes e a visitar duas cidades históricas, vizinhas a Austin – Brastrop e San Antonio. Foram dois dias de passeios com as minhas hostesses, que não mediram esforços em contar histórias e fatos interessantes sobre o Texas.

Durante o programa, conheci pessoas fantásticas, tive ótimos palestrantes, convivi com os incansáveis realizadores e organizadores do projeto, dividi experiências com os outros 55 professores de binacionais brasileiras, conheci costumes de diferentes nacionalidades conversando com pessoas que estudavam inglês na instituição onde o projeto ocorreu e interagi com simpáticos moradores de Austin. Enfim, foi uma experiência que certamente me enriqueceu como pessoa e como profissional. Seguidamente, aproveito momentos de minhas aulas para dividir com os alunos aspectos culturais que considero fundamentais quando se aprende uma língua estrangeira.

À Casa Thomas Jefferson e à Embaixada Americana agradeço a excelente oportunidade que tive, e faço votos para que o projeto continue, a fim de proporcionar aos meus colegas de profissão a mesma experiência cultural gratificante de que tive o prazer de desfrutar.